sexta-feira, 21 de maio de 2010

Descoberta aos trinta...

Hoje acordei mais cedo. É sexta-feira. É meu dia. Sim. Dia de acordar cedo, ir correndo para a água gelada, para as ondas que me aguardam. Na verdade eu as aguardo com mais ansiedade. Elas estão lá, apenas fazendo o que lhes foi determinado pela natureza...
E não importa se está frio, calor, se não tem tantas ondas, se a praia está cheia, vazia...
Importa colocar os pés na areia, dar um mergulho, tomar um caldo, ralar o joelho, bagunçar o cabelo, cantar 'quem de nós dois' enquanto me arrumo para a próxima dropada, me lambuzar de filtro, esquecer o filtro em casa, procurar o pente na bolsa assim que sair da água, sorrir e até gargalhar... Ter vontade de ficar sentada na areia... apenas sentar. E chorar. Cair, levantar...
Importa que eu me dou de presente a minha única presença.
Eu.
Comigo.
Sozinha.
E tão bem acompanhada.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Hoje...
Especialmente hoje... Foi um dia difícil.
Possivelmente mais difícil do que eu imagine.
Porque a ficha ainda não caiu.
E quando cair vai doer muito.
É quando precebemos que longe é pior que perto.
Que ausência dói mais do que presença.
E que lembranças significam perda.
E que as despedidas doem. Ferem. Machucam.
Estranho...
Porque é assim, na vida...
... E hoje Goiânia ficou mais longe ainda.
É mais longe que as duas quadras que nos separavam, né mãe?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

20 anos mais tarde...

Domingo foi um dia muito especial. Passamos bons momentos com minha mãe. Ela cozinha muito bem. Na verdade, maravilhosamente bem.
Para mim, fez salmão com alcaparras. Meu prato preferido. Sempre.
Aliás, comeria peixe pelo resto de minha vida sem reclamar... nem uma única vez...
E para todos, galinha com pequi. E entrar na casa de minha mãe, neste domingo, foi um resgate. O cheiro de pequi pela casa me fez voltar à infância. Àquela que ficou lá atrás. E que não voltará. E juntamente com ela, com a saudosa infância, a imagem de meu pai sentado à mesa, saboreando vários, vários pequis. E sempre dizendo: prova, filha, prova.
Provei.
Uns 20 anos mais tarde.
Gostei muito. Mais ainda porque ele estava temperado de boas lembranças. Sem contar que Goiás ficou tão pertinho...
Ah... o salmão também estava delicioso...
Hoje acordei com vontade de escurecer o cabelo. E cortar.
Se eu não gostar?
Cresce.
E desbota.

domingo, 16 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

Sexta-feira o mar estava super agitado. Quase na hora de ir embora, caí e a prancha bateu no meu joelho. Não senti dor na hora, mas assim que cheguei em casa comecei a sentir... Quando olhei para meu joelho, levei um susto... Olha o resultado.
Resultado: sábado quietinha em casa com minhas pequenas e até corrigi uns trabalhos dos alunos da faculdade.
Se doeu? Arfh, como doeu. Mas repetiria a dose. Quantas vezes fosse necessário.
Enjoy!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Largando pela metade...


Estava lendo este texto aqui... da Silmara Franco.
E pensando nas voltas que o mundo dá. Nos rumos que tomamos para as nossas vidas. Sim, porque eu sempre fui assim, do jeito que me vêem. Assim mesmo. Transparente. Se estou triste, choro. Se estou feliz, dou gargalhadas. Se eufórica, pulo. E sempre termino tudo o que começo. Sempre.
Aos 17 anos, optei por fazer Serviço Social na Universidade Federal. Passei. No início, já vi que aquilo não era para mim. Mas o medo de largar pela metade me impediu de abandonar o que não gostava. E então iniciei um novo curso. Direito. Tá, vai que eu gosto, né? Comecei. Terminei. Não tinha intenção de advogar. Minha intenção unicamente se baseava em prestar concursos. Delegada. Quem sabe promotora. Mas confesso que ser delegada me faria mais feliz. Deve ser culpa do meu estágio na delegacia. Ou da adrenalina que corre em minhas veias. E mesmo assim, fiz a prova da ordem. Passei. Ufa. Pronto. Serviço concluído. Já o mestrado foi diferente. A grana ficou curta. Daí, sem firulas ou remorços, sem paradigmas ou regras, tranquei.
E hoje, lendo o texto da Silmara, percebi que não podemos ter medo dos inacabados. Dos abandonados pela metade. E que muitas vezes, o inacabado não é sinônimo de frustração. É apenas um mudar de curso. Um mudar de rota. De expectativa. De planos.
Temos que ter medo dos projetos que não saíram do papel. Daqueles, do fundinho do coração. Daqueles esquecidos. Abandonados antes mesmo que tomasse forma. Cor. Cheiro. Alegria.
Tenho tido arrependimento, muito arrependimento, dos projetos não iniciados.
E remorso... dos concluídos por pura obrigação.

Dreams be dreams...

But girl, don't let your dreams be dreams
You know this living's not so hard as it seems
Don't let your dreams be dreams
Your dreams be dreams
Be dreams...


Às vezes esperamos apenas pelo verão...
Esperamos por um verão que, embora pareça que não... ele virá.

Wait... girl.

domingo, 9 de maio de 2010

Domingo...

Hoje passamos o dia em um delicioso cantinho que eu vou praticamente todos os domingos. Mas eu não vou especialmente para comer... embora a comida seja maravilhosa...
Na verdade nunca me lembro de comer direito. Fico com a coca cola zero (sempre) e iscas de peixe. Eu vou mesmo para saborear a música. Ou, as músicas. Todo o repertório - maravilhoso! MPB. Não poderia ser diferente.
E na volta ainda tivemos um reencontro com um casal de amigos. Daqueles que ficaram para trás, sabe? Daqueles que a gente resgata, com sorriso no coração e no rosto?
E voltei 10 anos mais jovem...
E surfando mais. Desta vez, com velhos amigos.
Desta vez, para sempre. Ou não... porque sempre é muito, não?

Para o final de semana...

Jack Johnson... ever.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Acordei. Olhei no relógio. Hum... Será?
O dia está lindo. O mar deve estar bom.
Uma hora e meia. Na água.
Delícia.
Me senti a própria Bruna Schmitz, kkkkkk
Foto: blog da Bruna Schmitz.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Por você...

Se algum dia você quiser mudar de vida. O tom da pele. Emagrecer. Ficar loira. Ficar morena. Mudar de roupa. De profissão. De casa. De igreja. De vida. De hobby. Aprender um novo esporte. Um novo idioma.
Faça por você.
Apenas por você.
E por mais ninguém.
Por que no final, fica zero a zero.

domingo, 2 de maio de 2010

A graminha...

Minha mãe me contou uma história para mim que eu nunca, nunca me esqueci... Quando meu irmão era pequeno, bem pequeno, ela disse para ele: filho, sai da graminha. Passaram alguns minutos e ela disse novamente para ele: Douglas, sai da graminha. Era uma grama bonita, no jardim novo de nossa casa. Irritada, mais alguns minutos depois, ela deu-lhe uma chinelada. Porque ele precisava sim, aprender a obedecer. Ah... mas um tempinho depois, ele virou-se para ela e perguntou: "mamãe, o que é gaminha?"

Estou me sentindo assim hoje. Pisando na graminha. Sem saber ao certo as marcas que ficarão.


Precaução...

Dizem que nossos pés são perfeitamente do tamanho proporcional à nossa estrutura. Explico... nossos pés suportam exatamente o nosso peso. A nossa altura. Nosso estereótipo. Nossos sorrisos e aflições. Nossa bagagem. E meus pés são exatamente como na foto acima. Finos, compridos, delicados. Nem feios, nem bonitos. Apenas meus pés. Constantemente estão machucados. Doloridos. Pela insistência diária em usar saltos. Cada vez mais altos.
A foto acima é uma ilustração da Jana Magalhães. Os pés com asas, com leveza, foram arrebatados com pressa. Pelo medo de perdê-los, efetuei a compra como quem compra a última gota d'água antes da seca. Antes de passar pelo deserto. O motivo da compra foi exatamente pelas asas nos pés. E esta ilustração fica no meu quarto, próximo à janela.
Fechada.
É melhor prevenir.

Em branco...

Eu choro. Choro muito.
Pela página em branco.
Que eu já fui.